sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Paradócios

Odeio -me.
Odeio-me por deixar-me guiar por manipuladores de realidades,
psicanalistas, psiquiatras, psicólogos, todos atiradores de pedras ávidos pela manutenção de suas crias.
Romancistas infantis da dor humana. Demônios da ordem. Cruéis adestradores de sonhos.
Hoje lançar-me aos céus é buscar por contenção.
Os sonhos foram tomados como exemplos, e são do in-consciente, os sonhadores são os ociosos.
Se desprezo, sou apático, depressivo,
se me confundo, bipolar,
se sinto, psicótico,
se luto, neurótico,
se tenho fé, esquizofrênico.
Tantos nomes a favor da covardia dos medíocres.
A vontade própria sempre muito bem advertida, advertência esta bem elabora por mim inclusive:
_"em todo tempo de muito é preciso muito de um pouco de tempo"
se aceito enriqueço a farmacologia e balanço o berço da realidade criada
se vivo à margem, será a camisa de força que astearei em vitória
se me revolto vou só atrapalhar o trânsito.

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